Uma nova entrevista em áudio com Derrick Green, vocalista do SEPULTURA, foi disponibilizada pelo site búlgaro Tangra Mega Rock e pode ser baixada neste link.
Confira abaixo alguns trechos da conversa:
Tangra Mega Rock: Você escuta as pessoas falando, "Hey, estes caras são legais mas precisam mudar seu nome?" E qual é sua resposta a isso?
Derrick: "Bem, eu acho que é meio... eu entendo que no início muitas pessoas pensariam isso, mas você tem que entender que a banda foi formada por quatro pessoas. Bem no início do SEPULTURA".
Tangra Mega Rock: E ainda é....
Derrick: "(Risos) E duas dessas pessoas, que escreveram, você sabe, a maior parte do material da inteira história da banda ainda estão nela. Andreas, o guitarrista, tocando todos os solos e sendo uma grande contribuição na banda, ainda está nela. E Paulo que está nela desde o início. E quando estávamos tocando com Igor, as pessoas sugeriram a mesma idéia. Mas quando você acredita numa banda, e trabalha com ela por tantos anos, e você vai pra estrada e sacrifica muita coisas da sua vida, então você não tem que ouvir o público. A banda começou sem o público e ela irá continuar... É assim que as coisas são, porque é algo no qual acreditamos, carregamos e está dentro de nós. Então não há razão para que mudássemos o nome porque o Sepultura se tornou maior do que as pessoas na banda. Se tornou maior do que os próprios indivíduos. O nome em si e o que ele representa. Então para nós, acreditamos no que estamos fazendo e acreditamos no nome e estamos 100% orgulhosos de representá-lo".
Tangra Mega Rock: Bem, o fato é que quando Igor estava na banda, obviamente os fãs estavam ok com isso, não todos fãs é claro, mas parte dos fãs...
Derrick: Sim. (Risos) É claro que não
Tangra Mega Rock: Sim, mas desde que Igor saiu...você disse "a banda se tornou maior do que os integrantes"...você quer dizer "a banda é maior do que os irmãos Cavalera?"
Derrick: "Eu acho que o nome em si - Sepultura - se tornou maior, sim, que os indivíduos, os Cavaleras. Mesmo quando Max saiu da banda, acredite, havia muitas pessoas dizendo que acabou, que era o fim. Que não havia forma de continuar sem ele. Essas pessoas não percebiam que se tratava de um grupo, e ainda é um grupo de pessoas compondo, não apenas uma pessoa fazendo tudo. E então desde que Igor saiu, faz três anos agora e nós fomos capazes de tocar em muitos, muitos lugares ao redor do mundo e ainda há muitas novas pessoas que estão curtindo o Sepultura. Então é como se fôssemos capazes de atingir uma nova audiência e manter parte da audiência antiga, mas estamos seguindo em frente. E eu acho que o que faz o Sepultura ainda sobreviver é o fato de sermos capazes de seguir em frente com os tempos, não apenas nos mantermos no passado e tentar recriar algo que nunca irá acontecer de novo. Nós olhamos para o futuro e tentamos fazer coisas diferentes".
Fonte: Whiplash!